JSL promove a contratação e formação de refugiados e migrantes por meio do Programa Conectando Fronteiras
- refugiados1234
- 15 de dez.
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15 de dezembro de 2025

A JSL, empresa de serviços logísticos, emprega em seu time 88 refugiados e migrantes (71 homens e 17 mulheres), entre afegãos, venezuelanos, angolanos, haitianos, cubanos, congoleses e outras nacionalidades. A companhia conta com 19 mil colaboradores no total. Além dessas contratações, que ocorrem desde 2020, desenvolveu o programa Conectando Fronteiras em 2024, iniciativa voltada à inclusão e empregabilidade de refugiados e migrantes no mercado de trabalho brasileiro.
O programa já teve duas edições concluídas, sendo uma em Goiânia (GO) e outra em Guarulhos (SP) e, ao todo, 15 pessoas foram formadas em uma nova profissão na área logística. A terceira edição começou em novembro de 2025 e outras oito pessoas estão em formação na cidade de Arujá (SP). A ideia surgiu da alta gestão da empresa junto ao Conselho de Sustentabilidade e o programa foi estruturado e executado pela equipe de Desenvolvimento Humano Organizacional (DHO). “Para nós, a logística é feita por pessoas. O Conectando Fronteiras mostra que é possível unir eficiência operacional com impacto social real. Ao abrir nossas portas para refugiados e migrantes, contribuímos para transformar trajetórias de vida ao mesmo tempo em que fortalecemos a JSL com profissionais diversos, dedicados e altamente comprometidos”, destaca Ramon Alcaraz, CEO da JSL.
No âmbito do Conectando Fronteiras, realizado em parceria com o Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SEST SENAT), são oferecidas 160 horas de treinamento, divididas em 28 horas de formação teórica e 132 de prática. No programa, as pessoas refugiadas e migrantes contratadas passam por diversos cursos durante os 90 dias de experiência: comportamento logístico, legislação trabalhista, soft skills, saúde e segurança no ambiente de trabalho e curso de português. Além disso, contam com um padrinho entre os colegas de trabalho, que faz o acompanhamento prático durante o exercício das suas funções até que se sintam seguros para desempenhar as atividades sozinhos.


O casal cubano Juan Carlos Llerenae e Saynet Trasancos faz parte do grupo de contratados pela JSL. Ela atuava como médica e ele era pizzaiolo em um restaurante em Cuba. Em 2023, após o nascimento da filha, se deslocaram para o Brasil. Levaram três dias para chegar até Roraima, atravessaram a fronteira em avião e barco, mas apesar dos desafios, carregavam muita esperança.
Em Goiânia (GO), o casal participou da primeira edição do Conectando Fronteiras. Eles tiveram acesso a cursos de formação e trocas de experiências com outros participantes. “Eu comecei como auxiliar geral, fui promovido a separador e hoje integro a Brigada de Bombeiros da unidade. Esse curso abriu muitos caminhos para nós dentro da empresa”, conta Juan.

De acordo com Bianca Furlan, gerente de Desenvolvimento Humano Organizacional (DHO) da JSL, o maior desafio é a comunicação, principalmente entre os recém-chegados no Brasil para entenderem os termos próprios do setor. Para driblar isso, a empresa oferece cursos de português que tratam da área de logística.
“Nosso objetivo é oferecer mais do que uma oportunidade de emprego. Ensinamos e aprendemos juntos. O senso de gratidão e transformação deles é exemplo para nossos colaboradores. Queremos garantir que essas pessoas encontrem acolhimento, capacitação e uma rede de apoio que as ajude a reconstruir suas vidas com dignidade”, afirma Bianca.
Vídeo com mais informações sobre o programa disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=PXz_nSCjG1M






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