GPA cria banco de talentos e emprega mais de 400 refugiados e migrantes no Brasil
- refugiados1234
- 1 de dez.
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01 de dezembro de 2025

Com o compromisso de gerar impacto social positivo, o Grupo Pão de Açúcar (GPA), dono das redes Pão de Açúcar e Extra Mercado, passou a destinar vagas para pessoas refugiadas e migrantes em 2025. Para isso, conta com apoio de organizações da sociedade civil que atendem essa população e promove feiras de empregabilidade. Além disso, aderiu ao Fórum Empresas com Refugiados, uma parceria da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e do Pacto Global da ONU - Rede Brasil.
A combinação das iniciativas resultou na contratação de mais de 400 profissionais de diversos países, como Venezuela e Angola, que trabalham em diferentes áreas da companhia, como lojas, centrais de distribuição e escritórios administrativos.
Em 2015, o GPA instituiu cinco pilares prioritários em Diversidade, Equidade e Inclusão – equidade racial, equidade de gêneros, inclusão e desenvolvimento de pessoas com deficiência, respeito aos direitos LGBTQIA+ e diversidade etária – que fundamentam as suas iniciativas. Desde 2020, conta com a Política de Diversidade, Inclusão e Direitos Humanos, disponível para todos os públicos de relacionamentos, que fundamenta as suas ações e reforça o compromisso com um ambiente livre de discriminação, que fomenta e valoriza o respeito e a garantia de oportunidades equânimes para todas as pessoas, independentemente da raça, identidade de gênero, origem, entre outros.
O GPA tem promovido, desde janeiro de 2025, formações de lideranças e colaboradores para assegurar que os processos de recrutamento e integração sejam inclusivos e alinhados ao perfil e ao contexto das pessoas refugiadas e migrantes. Em parceria com instituições que são referência no acolhimento e na empregabilidade dessa população, a empresa busca garantir a superação de barreiras e os vieses inconscientes existentes no mercado de trabalho, que podem dificultar a integração e o reconhecimento de talentos diversos.
“Estamos felizes em ampliar as oportunidades para esse público, que traz novas perspectivas, experiências e habilidades para o nosso dia a dia. Acreditamos que a pluralidade de trajetórias fortalece a inovação, gera valor para o negócio e contribui para um ambiente mais inclusivo e colaborativo. Ao promover o acesso a oportunidades de forma equânime, reafirmamos nosso compromisso com uma cultura que valoriza as pessoas, o respeito e o desenvolvimento de todos os talentos, pilares que também sustentam a cultura e os valores do Grupo”, afirma Erika Petri, Diretora Executiva de RH, Sustentabilidade, Comunicação e Marketing do GPA.
Uma vez que esses colaboradores passam a integrar o quadro da companhia, participam de ações internas que fortalecem a conexão com seus times e líderes. A inclusão também é trabalhada com gestores, por meio de treinamentos prévios, escutas ativas e ações de sensibilização. O GPA conta ainda com uma equipe de assistentes sociais e psicólogos, que oferece orientação e suporte para facilitar a adaptação no Brasil, incluindo apoio psicológico e jurídico, quando necessário.
“Acreditamos que essa iniciativa é importante porque a crença da companhia é fazer uma empresa excelente para todos, clientes e colaboradores, e só conseguimos isso quando há pluralidade. Estamos de braços abertos para as individualidades, inclusive a partir de nacionalidades diferentes. Temos visto histórias de vida inspiradoras e profissionais extremamente dedicados, que estão se adaptando com sucesso à rotina e à cultura do GPA e de suas marcas”, complementa a executiva.
Cheick Diallo é um dos funcionários contratados em um supermercado da rede em São Paulo. Ele veio da Guiné e trabalha há quatro meses no Pão de Açúcar. Ele conta que se sente acolhido e disse que gosta de todo mundo no trabalho. Quando chegou no supermercado, quase não falava português. Agora, graças à interação com os colegas do seu ambiente de trabalho, está aprendendo o idioma. "Com um mês eu já estava falando palavras em português e agora estou ajudando na comunicação de outros refugiados e migrantes que estão entrando no Grupo Pão de Açúcar", conta.
O GPA entende que a valorização desse público também inclui o reconhecimento de sua cultura de origem. Por isso, no Dia Mundial do Refugiado (20 de junho) promoveu ações de conscientização nas lojas, centrais de distribuição e escritórios por meio de comunicações, palestras e feira com empreendedores refugiados.

Engajamento é um dos resultados positivos
Mesmo recente, o programa já demonstra impacto concreto na integração e no engajamento dos colaboradores. Todas as pessoas refugiadas e migrantes do primeiro grupo contratado já completaram pelo menos seis meses na companhia, com boa adaptação e permanência. No Pão de Açúcar Jardim Paulista, localizado em São Paulo, são 15 colaboradores refugiados e migrantes atuando em diferentes áreas, com experiências e trajetórias que enriquecem o dia a dia da loja.
A gerente Maria Aparecida Silva da Costa Nogueira confirma os resultados positivos dessas contratações. “Na nossa loja, a admissão dessas pessoas tem sido uma experiência muito positiva — para a equipe e para quem está chegando. O RH acompanha todo o processo, da entrevista à organização da documentação necessária, garantindo acolhimento. Iniciamos as contratações na cozinha, onde já havia colaboradores que falavam francês e português, facilitando a comunicação e a adaptação. Com o tempo, ampliamos para outras áreas, como hortifrúti, mercearia, pratos prontos, frios e digital. Mantemos um acompanhamento diário, entendendo as necessidades e oferecendo apoio, e a equipe tem recebido todos com abertura e respeito, promovendo trocas muito ricas, tornando o ambiente mais leve e descontraído.”






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